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A bipolaridade em seu aspecto singular ultrapassa a fronteira do conhecimento humano, pois, assume autonomia camuflada na vida pessoal e profissional do ser humano, colaborando para o completo desconhecimento das reações emocionais e comportamentais que colaboram com a falta de conhecimento de si mesmo e das reações extemporânea no mundo psicológico ainda desconhecido, porque, as pessoas não encontram tempo para estudar as próprias reações íntimas e suas motivações pessoais na manifestação de personalidade individualizada.

“Trata-se de um transtorno mental em que o humor assume autonomia, deixando de responder adequadamente ao que seria esperado, com variações diversas como euforia, agitação, aumento de energia, agressividade, explosividade, impulsividade, aumento de riscos e gastos financeiros, distração, entre outros sintomas do polo positivo, ou “para cima”, que se alternam com apatia, desânimo, tristeza, ansiedade e falta de prazer do polo negativo ou depressivo.”

É importante verificar que cada vez mais tem-se observado que uma parcela significativa da população sofre de oscilações de humor maiores do que o normal, com diferentes graus de prejuízos. Essas flutuações automáticas e intermitentes tem colaborado de forma apropriada para o sistemático adoecimento psíquico de inúmeras pessoas na sociedade, formando uma massa de pessoas controladas pelo seu humor instável e incontrolável, porque não se dão conta do fenômeno implícito que existe dentro do submundo existencial das suas vidas nas relações interpessoais como também de trabalho e nos relacionamentos afetivos.

“Em vez de serem reconhecidas e tratadas por apresentar formas atenuadas de bipolaridade, essas pessoas recebem erradamente diagnósticos de depressão, ansiedade ou déficit de atenção e hiperatividade.”

O transtorno do humor não é nada fácil de ser identificado, porque, tem relação direta com a subjetividade do sujeito, as questões abstratas, que estão intimamente ligadas a sua personalidade, modo de vida, hábitos, costumes, automatismo existencial, que nem sempre é visível a luz do dia. Vamos investigar e perceber um mundo à parte dentro do eu consciencial, que nem mesmo as pessoas tomam ciência da sua problemática, de como esse fator interfere, influencia e prejudica suas relações na vida diária.

“É importante frisar que nosso tipo de temperamento é o alicerce do nosso humor e, por consequência, os possíveis transtornos de humor que sofremos também são compatíveis com nosso temperamento. Assim, pessoas com temperamento mais apimentado e dinâmico podem ter alterações de humor com franca agressividade ou euforia, o que seria mais raro em pessoas com temperamento brando e sereno.”

O humor tem relevância grande em nossa vida, pois, é o tempero das nossas emoções e dos nossos sentimentos, é a nossa identidade psicológica básica, nossa manifestação de personalidade naquilo que nos é mais original, pessoal, próprio, por que, sem ele seriamos como maquinas que não exprimem seus sentimos, que não sensibiliza na forma de se comunicar, interagir com o meio externo, nas expressões mais intensas do envolvimento afetivo e na capacidade de desenvolver vínculos mais saudáveis, duradouros, sólidos, que possam somatizar forças emocionais crescentes dentro da estrutura humana emocional que cada um manifesta na sua intimidade.

No estágio normal do humor (eutimia) temos padrões de comportamentos que se altera de acordo com as interações comportamentais que vivenciamos no cotidiano dentro da normalidade das nossas relações. Na euforia, esse humor ganha intensidade elevada para maior flutuação de descargas emocionais em desequilíbrio e prejuízo das relações sociais no meio onde se estar inserido. Na hipertimia o humor acentua-se de forma moderada sem tantos sobressaltos na sua intensidade. Na hipomania (pequena mania) já se denota início de elevação do humor tendendo para os padrões de anormalidade, chegando a o nível de mania que é onde se caracteriza prejuízos no comportamento e na convivência profissional e pessoal. Na mania o humor tem níveis de euforia prevalentes, chegando a ficar acelerado, irritável “para cima”, eleva-se de tal forma que provoca desequilíbrio nas reações oriundas desse comportamento que destoa da normalidade.   

Referências:

CLONINGER, C.R., SVRAKIC D.M., PRZYBECK, T.R. “A psychobiological model of temperament and character”. Arch Gen Psychiatry. 1993; 50(12): 975-90.

LARA, D.R., PINTO, O., AKISKAL, K., AKISKAL, H.S. “Toward an integrative model of the spectrum of mood, behavioral and personality disorders based on fear and anger traits: I. Clinical implications”. J Affect Disord. 2006; 94 (1-3): 67-87.  

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